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quinta-feira, 18 de setembro de 2014

LINGUAGEM E EQUILÍBRIO

Agora, e no futuro, penso que será proveitoso se vocês se concentrarem em serem precisos com a sua linguagem. Tentem construir um vocabulário, e tratá-lo do modo como vocês tratarão as suas contas bancárias. Prestem toda atenção a ele e tentem aumentar seus rendimentos. O objetivo aqui não é potencializar a sua eloquência no jantar ou o seu sucesso profissional — embora essas também possam ser consequências — nem torná-los faladores sofisticados. O objetivo é permitir que vocês articulem a si mesmos tão plena e precisamente quanto possível; numa palavra, o objetivo é o seu equilíbrio. Pois o acúmulo de coisas não ditas, não articuladas propriamente, pode resultar em neurose. Diariamente, muitas coisas acontecem à nossa psique, mas nosso modo de expressão frequentemente permanece o mesmo. A experiência ultrapassa a capacidade de articulação, e isso não é bom para a psique. Sentimentos, nuances, pensamentos, percepções que permanecem sem nome, sem poderem ser enunciados, diminuídos por aproximações, acabam sendo encobertos dentro do indivíduo, e podem levar a uma explosão ou implosão psicológica. Ninguém precisa se tornar um devorador de livros para evitar que isso aconteça; é preciso simplesmente adquirir um dicionário e lê-lo diariamente — e, de tempos em tempos, livros de poesia. Dicionários são de importância primária. Há muitos deles por aí; alguns até vêm com uma lupa. São razoavelmente baratos, mas mesmo os mais caros deles (esses que vêm com uma lupa) custam bem menos do que uma única visita ao psiquiatra. Se vocês tiverem que visitar um psiquiatra mesmo assim, vão com os sintomas de um viciado em dicionários.” (Joseph Brodsky)


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terça-feira, 2 de setembro de 2014

VAIDADE X SOBERBA

Bela explicação do professor Luiz Gonzaga que é um dos maiores estudiosos brasileiros na atualidade sobre Religião Comparada sobre como uma pessoa imoral pode torna-se moral.

"É muito importante diferenciar  a soberba da vaidade "