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quarta-feira, 30 de julho de 2014

TER OPINIÃO



“ O idiota presunçoso, isto é, o tipo mais representativo de qualquer profissão hoje em dia, incluindo as letras, o ensino e o jornalismo, forma opinião de maneira imediata e espontânea, com base numa quantidade ínfima ou nula de conhecimentos, e se apega a seu julgamento com a tenacidade de quem defende um tesouro maior que a vida. A rigor, não tem propriamente opiniões. Tem apenas impressões difusas que não podendo, é claro, encontrar expressão adequada, se acomodam mecanicamente a qualquer fórmula de sentido análogo, colhida no ambiente, e então lhe parecem opiniões pessoais, como se a conquista de uma autêntica opinião pessoal prescindisse de esforço.”



Olavo de Carvalho, O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota. p. 453

http://www.olavodecarvalho.org/semana/051024dc.htm

sexta-feira, 25 de julho de 2014

CAÇADORES DE OBRAS-PRIMAS


O filme “Caçadores de Obras-Primas” é baseado na história verdadeira da busca ao tesouro roubado por Hitler durante a Segunda Guerra Mundial. Um pequeno grupo de especialistas inicia uma caçada contra o tempo para salvar milhares de anos de cultura. 



quinta-feira, 24 de julho de 2014

UM PASSO DE CADA VEZ


                                                                                                                                                   Michael Jordan

"Meu principal objetivo foi me tornar o melhor, mas, ao me aproximar de cada meta, fazia isso passo a passo. Foi por essa razão que não tive medo de ir para a Universidade da Carolina do Norte (uma instituição de enorme tradição no basquete norte-americano) depois de concluir o ensino médio.
Muitos diziam que aquela não era a melhor escolha porque eu não seria capaz de jogar em um nível tão elevado. Sugeriam que eu optasse pela Academia da Força Aérea, porque assim teria um emprego ao terminar a faculdade. Cada um traçava um plano diferente para mim. Mas eu tinha as minhas próprias convicções.
Sempre procurei fixar metas de curto prazo. Ao olhar para trás, pude ver como cada um daqueles passos ou conquistas me levou à etapa seguinte. Quando, no segundo ano do colégio, fui cortado do time principal, aprendi algo muito importante. Compreendi que nunca mais queria me sentir tão mal. Nunca mais queria experimentar aquele gosto amargo na boca, aquele buraco no estômago.
Então estabeleci como objetivo conquistar um lugar de titular no time principal. E mantive o foco nisso durante todo verão. Enquanto me exercitava e aproximava meu jogo, era só nisso que eu pensava. Quando consegui, tracei outra meta razoável e realista que poderia alcançar se trabalhasse duro o suficiente.
A todo instante eu procurava visualizar aonde queria chegar, que tipo de jogador queria me tornar.
Encarava tudo com o meu objetivo em mente. Sabia exatamente aonde queria chegar e mantinha o foco naquela direção. À medida que alcançava as minhas metas, os resultados iam se somando. E eu ganhava confiança a cada conquista.
Desse modo, construí a convicção de que poderia competir pela Universidade da Carolina do Norte. Para mim, era um trabalho puramente mental. Nunca precisei escrever nada. Apenas me concentrava no próximo passo.
Acho que eu poderia ter aplicado esse método a qualquer coisa que tivesse escolhido fazer. Não é muito diferente de alguém que deseja se tornar médico. Se esse é o seu objetivo, mas você só tira nota 5 em biologia, a primeira coisa que deve fazer é tirar 7 para, então, tirar 10. É preciso se aperfeiçoar e superar esse primeiro obstáculo antes de enfrentar matérias como química e física.
Dê pequenos passos. Senão estará correndo risco de sofrer todo tipo de frustração. De que modo você iria adquirir confiança se a única medida do seu sucesso fosse se tornar médico? Se você se esforçasse ao máximo e não conseguisse, isso significaria que toda a sua vida é um fracasso? É claro que não.
Todas essas etapas são como peças de um quebra-cabeça. Juntas elas formam uma imagem. Quando a imagem está completa, a meta foi atingida. Se isso não acontecer, não é razão para ficar deprimido.
Se você fez o melhor que pôde, terá conquistado algo ao longo do caminho. Poucos conseguem formar a imagem completa. Nem todos chegam a ser o melhor vendedor ou o melhor jogador de basquete. Mas ainda assim você pode ser considerado um dos melhores e, portanto, um sucesso.
É por essa razão que sempre fixei metas de curto prazo. Seja no golfe, no basquete, nos negócios, na vida familiar ou até mesmo no beisebol, estabeleço metas realistas e mantenho o foco nelas. Faço perguntas, leio, ouço.
Não tenho receio de perguntar quando não sei algo. Por que deveria? Estou tentando chegar a algum lugar. Ajude-me, me dê uma orientação – não há nada de errado nisso.
Um passo de cada vez. Não consigo imaginar nenhuma outra maneira de realizar algo."


quarta-feira, 16 de julho de 2014

O AMBIENTE DO ESTUDANTE


Ao ler sobre a influência da escola na vida do estudante, no livro "Como as pessoas aprendem", um dado no mínimo interessante, ressaltava que 14% do tempo de um jovem estudante é gasto na escola, o resto do tempo em casa e na sociedade (53%) e também dormindo, e tendo um bom descanso (33%).
Quanto aos 14% de tempo escolar, significa dizer que se a escola for uma porcaria, o mal pode não ser tão grande para o aluno, por outro lado, se a escola for boa significa pouco diante da gama de aprendizado necessários.
Justamente a parcela maior de tempo é no ambiente familiar, este pode ser determinante para o avanço intelectual, mas se o ambiente familiar ou social foi intelectualmente pobre, complica muito a vida do jovem estudante.
Mais uma vez me lembrei da estória da Senhora Carson que mesmo sendo analfabeta e pobre, “obrigava” os seus filhos a ler dois livros por semana e ao final da leitura, escrever sobre o que foi lido. Um exercício simples ao alcance de qualquer mortal, mas que sem dúvida exige uma disciplina e uma vontade grande para mudar o estado das coisas.
Fico imaginando quantos adolescentes mesmo achando um “saco” tal obrigação imposta pelos pais, não acharia também um belo desafio, ter os seus escritos lidos pelos mais velhos, além disso, poder comentar, discutir, observar se algo impactou, ou se teve algum sentido para a sua própria vida.
O que parece ser difícil é dar o pontapé inicial para o enriquecimento do ambiente familiar, criar a rotina. No início pode parecer tempo perdido, mas fico imaginando quem faz esse tipo de exercício ao longo de anos. 

sábado, 12 de julho de 2014

HALLELUJAH I LOVE HER SO




Let me tell you about a girl I know, 
She's my baby and she loves me so. 
Every morning when the sun comes up, 
She brings me coffee in my favorite cup. 
That's why I know, yes I know, 
Hallelujah I just love her so. 

When I'm in trouble and I have no friends, 
I know she'll go with me until the end. 
Everybody asks me how I know. 
I smile at them and say, "She told me so." 
That's why I know, oh, I know, 
Hallelujah, I just love her so. 

Now, if I call her on the telephone, 
And tell her that I'm all alone. 
By the time I count from one to four, 
She'll be knocking on my door. 

In the evening when the sun goes down 
When there is nobody else around, 
She kisses me and she holds me tight. 
And tells me, "Daddy everything's alright." 
That's why I know, yes, I know, 
Hallelujah, I just love her so.

Now, if I call her on the telephone, 
And tell her that I'm all alone. 
By the time I count from one to four, 
She'll be knocking on my door. 

In the evening when the sun goes down 
When there is nobody else around, 
She kisses me and she holds me tight. 
And tells me, "Daddy everything's alright." 
That's why I know, yes, I know, 
Hallelujah, I just love her so.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

MUITO ALÉM DAS COPAS

Crônica de Carlos Drummond de Andrade publicada em 7 de julho de 1982, no Jornal do Brasil após a triste derrota do Brasil na Copa de 1982.

PERDER, GANHAR, VIVER

Vi gente chorando na rua, quando o juiz apitou o final do jogo perdido; vi homens e mulheres pisando com ódio os plásticos verde-amarelos que até minutos antes eram sagrados; vi bêbados inconsoláveis que já não sabiam por que não achavam consolo na bebida; vi rapazes e moças festejando a derrota para não deixarem de festejar qualquer coisa, pois seus corações estavam programados para a alegria; vi o técnico incansável e teimoso da Seleção xingado de bandido e queimado vivo sob a aparência de um boneco, enquanto o jogador que errara muitas vezes ao chutar em gol era declarado o último dos traidores da pátria; vi a notícia do suicida do Ceará e dos mortos do coração por motivo do fracasso esportivo; vi a dor dissolvida em uísque escocês da classe média alta e o surdo clamor de desespero dos pequeninos, pela mesma causa; vi o garotão mudar o gênero das palavras, acusando a mina de pé-fria; vi a decepção controlada do presidente, que se preparava, como torcedor número um do país, para viver o seu grande momento de euforia pessoal e nacional, depois de curtir tantas desilusões de governo; vi os candidatos do partido da situação aturdidos por um malogro que lhes roubava um trunfo poderoso para a campanha eleitoral; vi as oposições divididas, unificadas na mesma perplexidade diante da catástrofe que levará talvez o povo a se desencantar de tudo, inclusive das eleições; vi a aflição dos produtores e vendedores de bandeirinhas, flâmuIas e símbolos diversos do esperado e exigido título de campeões do mundo pela quarta vez, e já agora destinados à ironia do lixo; vi a tristeza dos varredores da limpeza pública e dos faxineiros de edifícios, removendo os destroços da esperança; vi tanta coisa, senti tanta coisa nas almas…
Chego à conclusão de que a derrota, para a qual nunca estamos preparados, de tanto não a desejarmos nem a admitirmos previamente, é afinal instrumento de renovação da vida. Tanto quanto a vitória estabelece o jogo dialético que constitui o próprio modo de estar no mundo. Se uma sucessão de derrotas é arrasadora, também a sucessão constante de vitórias traz consigo o germe de apodrecimento das vontades, a languidez dos estados pós-voluptuosos, que inutiliza o indivíduo e a comunidade atuantes. Perder implica remoção de detritos: começar de novo.
Certamente, fizemos tudo para ganhar esta caprichosa Copa do Mundo. Mas será suficiente fazer tudo, e exigir da sorte um resultado infalível? Não é mais sensato atribuir ao acaso, ao imponderável, até mesmo ao absurdo, um poder de transformação das coisas, capaz de anular os cálculos mais científicos? Se a Seleção fosse à Espanha, terra de castelos míticos, apenas para pegar o caneco e trazê-lo na mala, como propriedade exclusiva e inalienável do Brasil, que mérito haveria nisso? Na realidade, nós fomos lá pelo gosto do incerto, do difícil, da fantasia e do risco, e não para recolher um objeto roubado. A verdade é que não voltamos de mãos vazias porque não trouxemos a taça. Trouxemos alguma coisa boa e palpável, conquista do espírito de competição. Suplantamos quatro seleções igualmente ambiciosas e perdemos para a quinta. A Itália não tinha obrigação de perder para o nosso gênio futebolístico. Em peleja de igual para igual, a sorte não nos contemplou. Paciência, não vamos transformar em desastre nacional o que foi apenas uma experiência, como tantas outras, da volubilidade das coisas.
Perdendo, após o emocionalismo das lágrimas, readquirimos ou adquirimos, na maioria das cabeças, o senso da moderação, do real contraditório, mas rico de possibilidades, a verdadeira dimensão da vida. Não somos invencíveis. Também não somos uns pobres diabos que jamais atingirão a grandeza, este valor tão relativo, com tendência a evaporar-se. Eu gostaria de passar a mão na cabeça de Telê Santana e de seus jogadores, reservas e reservas de reservas, como Roberto Dinamite, o viajante não utilizado, e dizer-lhes, com esse gesto, o que em palavras seria enfático e meio bobo. Mas o gesto vale por tudo, e bem o compreendemos em sua doçura solidária. Ora, o Telê! Ora, os atletas! Ora, a sorte! A Copa do Mundo de 82 acabou para nós, mas o mundo não acabou. Nem o Brasil, com suas dores e bens. E há um lindo sol lá fora, o sol de nós todos.

E agora, amigos torcedores, que tal a gente começar a trabalhar, que o ano já está na segunda metade?

domingo, 6 de julho de 2014

SUCESSO, SORTE E HUMOR



“O sucesso consiste em ir de fracasso em fracasso sem perder o entusiasmo.”

“Aquilo a que chamas sorte é o cuidado com os pormenores.”


Da deputada Nancy Astor, para Churchill: “Se o senhor fosse meu marido, eu lhe daria veneno.”

Resposta de Churchill: “Se eu fosse seu marido, eu tomaria.”