Ao ler sobre a influência da escola na vida do estudante, no livro "Como as pessoas aprendem", um dado no mínimo interessante, ressaltava que 14% do tempo de um jovem estudante é gasto na escola, o resto do tempo em casa e na sociedade (53%) e também dormindo, e tendo um bom descanso (33%).
Quanto aos 14% de tempo escolar, significa dizer que se a escola for uma porcaria, o mal pode não ser tão grande para o aluno, por outro lado, se a escola for boa significa pouco diante da gama de aprendizado necessários.
Justamente a parcela maior de tempo é no ambiente familiar, este pode ser determinante para o avanço intelectual, mas se o ambiente familiar ou social foi intelectualmente pobre, complica muito a vida do jovem estudante.
Mais uma vez me lembrei da estória da Senhora Carson que mesmo sendo analfabeta e pobre, “obrigava” os seus filhos a ler dois livros por semana e ao final da leitura, escrever sobre o que foi lido. Um exercício simples ao alcance de qualquer mortal, mas que sem dúvida exige uma disciplina e uma vontade grande para mudar o estado das coisas.
Fico imaginando quantos adolescentes mesmo achando um “saco” tal obrigação imposta pelos pais, não acharia também um belo desafio, ter os seus escritos lidos pelos mais velhos, além disso, poder comentar, discutir, observar se algo impactou, ou se teve algum sentido para a sua própria vida.
O que parece ser difícil é dar o pontapé inicial para o enriquecimento do ambiente familiar, criar a rotina. No início pode parecer tempo perdido, mas fico imaginando quem faz esse tipo de exercício ao longo de anos.
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